terça-feira, 20 de outubro de 2015

Crónicade Ana Jesus: "Sociedade hipócrita"




Toda a gente tem a sua noção de beleza feminina, talvez até estereótipos que seguem rigorosamente. Os homens são os primeiros a julgar a aparência das mulheres, e isso revolta-me. Acho que julgar, quem quer que seja, pelo número que veste, a cor do cabelo ou feições genéticas é extremamente cruel e, no fundo, hipócrita. Não é justo condenar um ser humano, que é por natureza imperfeito, por não ter sido abençoado com a mais bela genética. É algo impossível de controlar.
Hoje em dia, com a exposição a que os jovens se submetem nas redes sociais, é cada vez mais comum as conversas que acabam por rebaixar, essencialmente, jovens raparigas, que ao publicarem alguma foto online, ficam, de certa forma, vulneráveis a quem muito gosta de julgar os outros.
É frequente, no dia-a-dia, que a aparência seja importante. Não só para nos sentirmos confortáveis connosco mesmos, mas também para atingirmos alguns objetivos pessoais e profissionais. Mas é a aparência essencial? Será correto julgar alguém dessa forma hipócrita sendo que é algo superficial e, no fundo, inútil?
Não é justo dar preferência a alguém que seja mais alta, mais clara, mais magra ou mais jovem do que outra com as caraterísticas completamente opostas. Depois há certas pessoas que dizem que as mulheres têm que mostrar como são na realidade, que não se deviam maquilhar nem arranjar demasiado para alguém. Mas quando uma mulher se mostra mais desleixada, cai o Carmo e a Trindade. Não há qualquer outro nome para isso sem ser, pura hipocrisia. Cada qual é como é e, por mais que tente mudar o corte de cabelo, o peso ou o vestiário, não vai puder agradar a todos. Vai sempre haver dezenas de opiniões diferentes acerca dessa pessoa, dezenas de conselhos para que mude alguma coisa que não deve jamais ser mudada.
Na minha opinião, no fundo, o que realmente importa é o que está dentro de nós, o nosso modo de ser e de agir perante a sociedade, é muito mais importante do que a forma de como nos parecemos aos olhos alheios. Até porque a beleza é um dos aspetos mais efémeros do ser humano, para além disso, não é uma qualidade nem algo essencial para se ser uma pessoa com princípios.
Ana Jusus
9º B

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