segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

escrita de um texto narrativo baseado na B.D. Calvin & Hobbes

Saturnino: Um desastre de dia

Todas as manhãs,  a mãe de Saturnino ia acordá-lo ao quarto dele, pequeno e frio, apressando-o para não perder o autocarro que o levava à escola. Ao chegar ao velho e ferrugento autocarro da escola, todos os colegas de Saturnino faziam troça dele, não só devido ao facto de ele ter um nome tao invulgar, mas também porque não sabia fazer contas de subtrair.
Já na grande e velha escola, a professora dirigiu-se a Saturnino:
- Oh, Saturno! Já ao quadro!
            Saturnino, de cabeça baixa, respondeu muito silenciosamente:
            - O meu nome é Saturnino…
            -Não interessa!-disse a professora- Faz mas é esta conta de subtrair rapidamente!
            Todos os outros alunos da turma se riram imenso.
            -Não sabes a resposta? Então vai-te sentar!
            Saturnino voltou para o se lugar, cabisbaixo e envergonhado, por não saber fazer uma conta tão simples.
Após a aula, no intervalo, um rufia aproximou-se dele e  ameaçou-o:
            -Ei melga, queres saber se há vida depois da morte?!
            Saturnino já estava tão habituado a este tipo de acontecimentos que nem respondeu.
            A caminho de casa, Saturnino pensava que aquele dia horroroso já tinha acabado, até que começou a chover torrencialmente. Suspirou e começou a correr. Passado algum tempo de corrida, tropeçou numa pedra e caiu dentro de uma poça de lama.
            Já em casa, Saturnino tentou sentar-se um pouco no sofá para descansar, mas imediatamente ouviu a sua mãe a gritar:
-Saturnino! Para de sujar o sofá de lama e vai já tomar banho!
Quando Saturnino foi para o quarto e ligou a televisão, foi interrompido pelo seu pai, que lhe disse para ir dormir, com um ar rezingão.
Passado um pouco, a sua mãe foi ao seu quarto e disse-lhe:
-Descansa bem, amanhã é um novo dia.

-Acredito mesmo…
Rodrigo 8º A

Escrita de um texto narrativo baseado numa B.D. de Calvin & Hobbes

Um dia na vida de Arménio
De manhã, já lá estava a mãe à porta:
-Arménio, salta já da cama, vais perder a carrinha!
Arménio rebola para fora da cama, veste-se e desce. Ele já sabe como vai ser o dia: outra vez a mesma rotina.
-Vamos lá, vamos lá, despacha-te!
Diz a mãe, vestindo-lhe o casaco à pressa.
Já na escola, Arménio suspira, pois o dia já tinha começado mal e só devia piorar. Só para complicar, a campainha tocou e lá foi ele cambaleando até à aula.
Ele entra e, oh, tinha que ser matemática.
E quem é chamado ao quadro?                     O Arménio, é claro.
-Por favor, Arménio, diz-me o resultado desta conta.
Era uma conta simples. Mas Arménio não era nenhum Einstein. Por mais que Arménio pensasse, não chegava a uma resposta.
-Não sabes a resposta? Então senta-te.
Lá vai ele de volta para o seu lugar. A nota dele a matemática não era muito famosa, tal como as outras todas. Exceto E.D.V., para a qual ele tinha um certo talento.
Lá toca para sair e Arménio sente um pouco de liberdade, mas que dura pouco. Tinha que aparecer Bruno. Bruno, mais conhecido na escola como Big B, era o rufia mais chato, mais gordo,  bem, ele tem quase todos os defeitos que um rufia comum.
Depois de ter a sua “sessão diária” com o Big B, Arménio aguenta a escola até finalmente ir para casa.
Depois de um dia stressante, só nos apetece relaxar, não é? Mas há sempre aquele pormenor que estraga tudo. Esse pormenor são os trabalhos de casa.
Acabando a “tortura”, já é noite e hora de jantar. Mas com um dia como o do Arménio, quem tem fome?
-Come o que tens no prato e não brinques com a comida.
Depois do jantar, Arménio finalmente tem um verdadeiro momento de descanso. Pega nos brinquedos que pode e começa a diversão. Mas foi tudo acabado pela mãe, que o mandou “parar de empatar” e para ir o banho.
Após o banho, já era hora de deitar, nem televisão dava tempo de ver.
Arménio vai-se deitar e a mãe vai-lhe dar um beijo de boa noite, dizendo:
-Dorme bem, amanhã é um novo dia.
“Acredito mesmo.” Pensa ele ao acordar, no dia seguinte …


Maurício Fernandes, 8ºA

Escrita de um texto narrativo a partir de uma Banda desenhada de Calvin & Hobbes

Mesmo em sonhos penso na ilusão criada pela minha mãe, na noite passada. Tento sempre acreditar, será verdade?
Enquanto me agarro fortemente aos lençóis da minha cama e tento acreditar, a porta do quarto abre-se subitamente deixando alguma luz iluminá-lo.
- Vais perder a carrinha! Salta já da cama! – A voz estridente da minha mãe desperta-me totalmente.
Levanto-me e preparo-me para mais um dia de escola. Depois de tomar o pequeno-almoço e ir para a escola na carrinha, tento animar-me e concentrar-me nas aulas.
Na aula de matemática, verifico que os meus esforços para estar concentrado não resultam, quando a professora me chama ao quadro para resolver um das suas contas difíceis.
Olho para o quadro tentando entender minimamente o que ela esteve a explicar mas sem sucesso.
- Não sabes a resposta? Então vai sentar-te. – A professora eleva o tom da sua voz assustando-me.
Sinto-me mal: não tive uma única ajuda, um único incentivo para que pudesse resolver a questão e compreender a matéria. Começo a pensar que a professora de matemática não gosta de mim.
O toque de saída soa pelos corredores, e, tal como os alunos de todos os anos, nós corremos para fora das salas com o objectivo de chegar a casa rapidamente. Infelizmente, sei o que vai acontecer.
- Ei, melga, queres saber se há vida depois da morte? – O maior rufia da escola agarra-me pela blusa e encosta-me aos cacifos para que não possa fugir. Tento escapar, mas os corredores já estão vazios. Peço-lhe que não me bata e ao que parece ele estava de bom humor, pois apenas me puxou as cuecas.
Chego a casa e preparo-me para ir fazer os deveres de casa. O som de mais crianças a brincar lá fora interrompe o meu estudo. Vou até junto da janela ver. Queria tanto ir brincar.
O meu pai entra na sala e senta-se no sofá, mas quando me vê dirige-se a mim:
- Não Calvin, só podes ir brincar depois de teres acabado os deveres.
Volto a sentar-me e acabo os deveres.
À hora do jantar sou deixado a comer sozinho, a mãe está a trabalhar e o pai está ocupado, como sempre. Um sorriso de ervilhas é feito no meu prato, mas rapidamente a minha felicidade é interrompida.
- Come o que tens no prato. Não se brinca com a comida. – O meu pai manda. Suspiro aborrecido e termino a refeição lentamente.
A minha mãe chegou a casa do trabalho e disse que eu tinha de ir tomar banho. Acho que ainda tenho uns minutos para brincar.
O som do meu pequeno camião ecoa pela casa de banho e quando me preparo para saltar por cima de outro carrinho, sou interrompido:
- Para de empatar e salta para a banheira!
Depois do banho tomado e o pijama vestido, vou até à sala para ver um pouco de televisão. Nem tenho oportunidade de a ligar, o meu pai põe-se à frente do televisor.
- Não, tens de te deitar já. Vai para a cama.
Quando me deito na cama, a mãe aparece silenciosamente e aproxima-se de mim. Inclina-se e dá-me um beijo na testa.
- Dorme bem. Amanhã é um novo dia!
Ela volta a sair, apagando as luzes e fechando a porta atrás de si. Encolho-me e suspiro cansado.

Quando é que tudo vai finalmente mudar?

Ana Jesus, 8º B