terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Apreciação crítica de um filme - 9º A - Cristiana Francisco


“A paixão de Shakespeare”

Apreciação crítica do filme:
E além disso...• A sala permitiria multiplicidade de cenários,  servindo como sala de palácio e campo de  batalha;• A forç...            Todo o filme é uma completa referência ao teatro renascentista, como se pode logo ver no título “A paixão de Shakespeare”, na medida em que Shakespeare, como todos sabem, foi um dramaturgo muito famoso na época renascentista. Através dele consegue-se verificar várias referências ao teatro e àquela época, tal como as relações entre a rainha Elizabeth I e outras personagens, sendo elas da realeza ou não; o facto de as mulheres não poderem representar (o que é bastante salientado); os casamentos arranjados por interesses; e principalmente, todo o processo criativo das obras de Shakespeare. Também se pode concluir que a sua vida pessoal influencia o seu trabalho e a sua história transmitindo para a peça a sua paixão proibida por Viola.
           
Num breve resumo, pode dizer-se que a história se passa em Londres, em torno da composição da peça de “Romeu e Julieta” por Shakespeare, sendo chamada inicialmente de “Romeu e Ethel, a filha do pirata”. Ao mesmo tempo que Shakespeare escrevia a peça, os atores ensaiavam a sua representação. Nenhuma personagem estava em falta à exceção de Romeu, que era uma das personagens principais. Viola, uma rapariga linda e sonhadora que era apaixonada pelo teatro, faz-se passar por rapaz, visto que as mulheres não podiam representar na altura, e apresenta-se como “Thomas Kent”, uma personagem inventada e interpretada por ela. Acaba por ser aceite para esse papel. A partir daí, Shakespeare apaixona-se por ela mesmo sabendo desse seu segredo, assim como o facto de estar comprometida com um homem que não amava.
            O cenário do filme que se pode observar, grande parte das vezes, é o centro da aldeia. Este, é tão bem caracterizado que nos sentimos como se estivéssemos mesmo nessa época. Percebe-se perfeitamente o assunto do filme e intriga-nos, suscitando curiosidade acerca do que passará a seguir. A caracterização das personagens é bem salientada e é utilizada uma linguagem cuidada.
            Porém, a meio do filme, a ação torna-se um pouco monótona, sendo menos apelativa nessa altura. Poderia ter surgido um novo conflito para dar mais emoção à história.
            Apreciei, principalmente, quando a Viola começa a sua aventura secreta como “Thomas Kent” e tenta esconder isso apesar de Shakespeare, mais tarde, descobrir e encobri-la. Também a parte final foi muito emocionante, pois enquanto Shakespeare escrevia a nova peça, ao mesmo tempo, a mesma estava a concretizar-se. Um pormenor interessante foi Shakespeare utilizar o nome de Viola para essa nova peça, sendo que ela, supostamente se salvou, tornando-se assim, a história, uma narrativa aberta.

            Dá-nos a conhecer também todo o processo de criação teatral: como se vestiam, como ensaiavam, as relações entre eles e como mandavam escrever aos escribas na folha volante. É uma experiência cultural importante, pois normalmente, é mais fácil conhecer e compreender algo depois de estar exemplificado, tal como num filme ou livro, sendo importante retratar a história com pormenor, expressividade e emoção.
Cristiana Francisco - 9º A